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COMO FUNCIONA O TRATAMENTO PELA PSICANÁLISE?

Atualizado: 16 de jan. de 2023

DIFERENÇA ENTRE PSICOLOGIA E PSICANÁLISE


Trata-se de um discurso com uma Ética diferente da Psicologia. E o que seria isso? Mas de que Ética estamos falando? A Ética do desejo.

A primeira diferença entre Psicologia e Psicanálise e que esta última se trata de uma abordagem singular onde o objeto principal de trabalho é o inconsciente e suas manifestações.

Diferente da Psicologia, a Psicanálise vai se ater exclusivamente com os conteúdos e processos inconscientes, o que não signifique que a Psicanálise não considere o comportamento, os pensamentos e os sentimentos, mas a ideia é que o inconsciente é o lugar de onde tudo surge e de onde acontecem os desdobramentos e os seus efeitos: sintomas, comportamentos, sensações.

Portanto, se estamos falando de um inconsciente, do que é particular de cada um, assim como são as nossas digitais, o processo analítico não é passível e nem se submete ao discurso da ciência, do enquadre e das regras, aqui o que interessa é de outra ordem.

É para além do sintoma, o que não significa que os sintomas não importam, ou que um conjunto deles não traga informações importantes, mas que para além dos comportamentos e destes sintomas há algo: “não é a dor de cabeça, mas o que esta dor de cabeça representa, o que ela significa. Inclusive é muito possível que ao longo das sessões a dor diminua, as crises de ansiedade desapareçam, mas não é aí que o trabalho se encerra. Não? Não! Não é a remissão do sintoma, mas o que há nesse sintoma que foi elegido como forma de sofrimento no momento de uma falta de palavras e de simbolização.

O singular, o caso a caso, a particularidade... desde Freud, é assim que a Psicanálise trabalha, no um-a-um. Justamente por isso, dinheiro, tempo, e as sessões em Psicanálise são diferentes de uma terapia convencional.

Em um processo de análise, o analista não ocupa um lugar de mestre, de dar respostas. A psicanálise não trabalha com psicoeducação, pois não se trata de um tratamento por sugestão; o analista direciona a análise, não o analisante.

À demanda de um apelo: “mas o que eu devo fazer?” O analista não encarna esse lugar do mestre: de pai, de professor, de alguém que diz ao outro que se deve fazer, ou seja, há um analista que direciona e não que usa de uma suposta autoridade para sugerir ao outro o que ele pode fazer, mas sim trabalha para que o analisante se autorize a tal, ou seja, respostas que cabe ao analisante descobrir por si mesmo e fazer uma aposta no seu próprio desejo enquanto suas escolhas.

O Tratamento psicanalítico faz um outro caminho: menos respostas, mais perguntas, menos regras e mais construção própria.

Um lugar onde o paciente se depara com a falta de respostas, e sendo assim, passa ele mesmo a produzi-las.

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